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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Como me tornei Leitor(a)? 4.º Encontro de Bibliotecas Escolares de Almada


No painel Como me tornei Leitor? em que jovens leitores da 13.ª edição do Concurso Nacional de leitura e do projeto ReadOn conversaram com a escritora Sandra Carvalho, participou uma aluna do agrupamento para explicar, na primeira pessoa, como se tornou leitora.



Olá! O meu nome é Inês Bernardo, tenho quinze anos e estou, atualmente, a frequentar o 10.º ano na escola secundária Emídio Navarro.

A minha aventura no mundo mágico da leitura começou quando eu era pequenina. Aprendi a ler antes do “suposto”, porque eu era uma criança muito curiosa e estava mortinha por saber como se juntavam as letras, como se pronunciavam e o que significavam aqueles grandes caracteres escarrapachados nas placas adjuntas às estradas, que eu observava fascinada. Lembro-me que a minha mãe respondia pacientemente às dúvidas que surgiam, naturalmente, durante o processo e foi assim que eu aprendi a ler.

Apesar da precocidade desta minha aprendizagem, até aos nove anos, eu não era grande apreciadora de ler por mim, foi então que a minha mãe me obrigou, sabiamente (admito), a ler, despertando em mim o gosto incansável pela leitura, que me acompanha até aos dias de hoje e que durante o percurso já me apresentou a obras que ficarão para sempre guardadas no meu coração, entre elas: “A Casa dos Espíritos” (o meu livro favorito), as “Brumas de Avalon”, os “Capitães da Areia”, a “Contadora de Histórias”, entre outas…

Neste momento, a leitura é como uma forma de escape para mim, uma porta apelativa para o mundo paralelo da imaginação, que se encontra repleto de aventuras, felicidade e também tristeza, amargura, intrigas, terror e um toque de magia. Sou muitas vezes comovida por histórias e narrativas de apertar o coração, que tanto me fazem rir às gargalhas como chorar, que me tocam e esses livros, que nos afetam de maneira tão única, são especiais.

Como já devem ter entendido, eu adoro ler e leio muito, considero-me até uma leitora eclética, pois gosto de tudo um pouco e sinto que quanto mais livros leio mais evoluo tanto como pessoa como a um nível cultural e enriquecedor do meu intelecto.

Acredito piamente que ler é conhecimento e que conhecimento é poder, ler ensina-nos a falar, a defender os nossos ideais e crenças.

Por fim, gostava de concluir reforçando o carácter fascinante e inesperado dos livros que me surpreendem a cada página, e que fazem parte da pessoa que eu sou hoje.

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