No painel Como me tornei Leitor? em que jovens leitores da 13.ª edição do Concurso Nacional de leitura e do projeto ReadOn conversaram com a escritora Sandra Carvalho, participou uma aluna do agrupamento para explicar, na primeira pessoa, como se tornou leitora.
Olá! O meu nome é Inês Bernardo, tenho quinze anos e estou, atualmente, a frequentar o 10.º ano na escola secundária Emídio Navarro.
A minha aventura no mundo mágico da leitura começou quando eu era pequenina. Aprendi a ler antes do “suposto”, porque eu era uma criança muito curiosa e estava mortinha por saber como se juntavam as letras, como se pronunciavam e o que significavam aqueles grandes caracteres escarrapachados nas placas adjuntas às estradas, que eu observava fascinada. Lembro-me que a minha mãe respondia pacientemente às dúvidas que surgiam, naturalmente, durante o processo e foi assim que eu aprendi a ler.
Apesar da precocidade desta minha aprendizagem, até aos nove anos, eu não era grande apreciadora de ler por mim, foi então que a minha mãe me obrigou, sabiamente (admito), a ler, despertando em mim o gosto incansável pela leitura, que me acompanha até aos dias de hoje e que durante o percurso já me apresentou a obras que ficarão para sempre guardadas no meu coração, entre elas: “A Casa dos Espíritos” (o meu livro favorito), as “Brumas de Avalon”, os “Capitães da Areia”, a “Contadora de Histórias”, entre outas…
Neste momento, a leitura é como uma forma de escape para mim, uma porta apelativa para o mundo paralelo da imaginação, que se encontra repleto de aventuras, felicidade e também tristeza, amargura, intrigas, terror e um toque de magia. Sou muitas vezes comovida por histórias e narrativas de apertar o coração, que tanto me fazem rir às gargalhas como chorar, que me tocam e esses livros, que nos afetam de maneira tão única, são especiais.
Como já devem ter entendido, eu adoro ler e leio muito, considero-me até uma leitora eclética, pois gosto de tudo um pouco e sinto que quanto mais livros leio mais evoluo tanto como pessoa como a um nível cultural e enriquecedor do meu intelecto.
Acredito piamente que ler é conhecimento e que conhecimento é poder, ler ensina-nos a falar, a defender os nossos ideais e crenças.
Por fim, gostava de concluir reforçando o carácter fascinante e inesperado dos livros que me surpreendem a cada página, e que fazem parte da pessoa que eu sou hoje.
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